Café Com Leite 23 - Pra que dinheiro?

Data de publicação: 13/11/2022, 16:59

Café Com Leite 23 – Pra que dinheiro?

Bárbara: Bom dia, boa tarde, boa noite! Neste episódio do seu Podcast Café Com Leite, nós queremos falar de outro assunto muito quente...

Babica: Dinheiro!

Bárbara: Isso, Babica! Dinheiro

Babica: Grana, Money, bufunfa, cascalho, pila, capital, arame, tostão, caraminguá, cobre, trocado, mango, tutu, bolada, dindim, erva, bago...

Bárbara: Nossa, Babica, mas o que é isso?

Babica: Ah, Bárbara, são os nomes informais que as pessoas dão pra dinheiro. Eu adoro usar caraminguá.

Bárbara: Ahahahahahahah... já vi que o programa de hoje vai render! Meu nome é Bárbara Stock e este é o Café Com Leite, um podcast para crianças inteligentes e para pais que se importam.

Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela! Também estarei aqui com você!

Bárbara: Babica, quem é o ouvinte de hoje?

Babica: Ah, hoje é a vez da Manoela!

Oi Bárbara e e Babica aqui é a Manuela eu moro em Resende eu tenho nove anos e eu já assisti quase todos os episódios do Café com. eu gosto muito do programa e eu eu e o meu pai a gente adora ver juntos. Eh houve né? E ele escutar as vezes o café Brasil e eu escuto Café com. é muito legal. Vida longa. Tchau.

Bárbara: Oiiii Manu!! Que legal saber que você e seu pai ouvem os podcasts da família Café Brasil!

Babica: Legal mesmo, Manu! Fico imaginando como é boa a conversa que você seu pai têm depois de ouvir o nosso Café Com Leite!

Bárbara: Um beijo, Manu! Olha, e se você gostou do nosso Café com Leite, mande uma mensagem de voz para nós no whatsapp 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, vamos publicá-la no próximo episódio e você ganhará uma camiseta muito legal!

Babica: Isso! Se seu áudio for escolhido, você ganha uma camiseta do Café Com Leite!  Vou repetir o whatsap: 11 915670602

SOBE A MÚSICA

Bárbara: Então, Babica, eu não sei se você percebe, mas nós, humanos, estamos sempre falando de dinheiro. Daquilo que a gente quer comprar, das férias e viagens que a gente quer fazer… pra nós, tudo precisa de dinheiro.

Babica: É, eu percebi. E tem gente que fica mal humorada quando não tem dinheiro, né?

Bárbara: O quê? Você está falando de mim?

Babica: Não, imagina…

Bárbara: Mas olha que petulância! Sem dinheiro nem você existiria, menina!

Babica: É mesmo… e sabe uma coisa que me deixa curiosa, Bárbara?

Bárbara: O quê?

Babica: De onde veio essa ideia de dinheiro. Quem inventou isso?

Bárbara: Ah, esse assunto é muito legal. Vamos falar sobre di-nhei-ro!

Babica: Ebaaaaaaaaa!

Sobe a música

Bárbara: Babica, muuuuuiiiittooooossss anos atrás…

Babica: No AC, antes de Cristo?

Bárbara: Isso, Antes de Cristo, era cada um por si. Cada indivíduo comia ou vestia apenas aquilo que ele fosse capaz de coletar, caçar e fabricar. E então surgiu o escambo.

Babica: Escambo?

Bárbara: Isso. Escambo. Troca. Foi o primeiro avanço: se eu tivesse um peixe, trocava pela panela de barro que você fez. Ou pela peça de couro.

Babica: Ah, claro. Eu sabia disso, mas uma coisa me deixava curiosa: como trocar um peixe pela panela de barro se o dono da panela não precisa de um peixe?

Bárbara: Exatamente por essa limitação é que o homem criou o dinheiro, Babica. Em vez de trocar um peixe pela panela, ele trocava o peixe pelo dinheiro, que depois poderia ser trocado por qualquer outra coisa.

Babica: Entendi.

Bárbara: Babica, o dinheiro surgiu naturalmente na sociedade, como uma maneira de auxiliar as trocas econômicas voluntárias.  Foi uma das maiores invenções da humanidade. E ainda facilitou o ato de poupar, de economizar.

Babica: Era isso que eu estava pensando. As pessoas não podiam poupar peixes, né? 

Bárbara: Não mesmo. Não havia nem geladeiras naquela época! Mas o dinheiro que sobrasse podia ser guardado para gastar mais tarde.

Babica: Ah, pra mim, dinheiro é feito pra gastar! Comprar coisas, doces, brinquedos, games, viagens….

Bárbara: Ahahahahahahah, Babica, quem não gosta de gastar dinheiro? Mas gastar dinheiro tem um problema.

Babica (triste): Eu sei. Ele acaba…

Bárbara: Isso mesmo. Ele acaba. Por isso que existe essa coisa que chamamos de poupar. Guardar, acumular. Quando a invenção do dinheiro facilitou para as pessoas a poupança, duas coisas aconteceram.

Babica: Seu pai ficou pão duro e só pensa em guardar dinheiro…

Bárbara: Ahahahahahahahha. Ficou mesmo! Mas não é disso que se trata, Babica. Poupar é bom, primeiro ensina a gente a gastar dinheiro com mais inteligência e nos motiva a trabalhar duro para ganhar num dia mais do que podemos gastar naquele dia.

Babica: Ué? Mas quem é que gasta mais do que tem?

Bárbara: Ahahahahahah… como é boa a vida de avatar, né Babica? Olha, a  maioria das pessoas gasta mais do que tem. Quando vai comprar alguma coisa e não tem o dinheiro, a pessoa divide em diversos pagamentos menores. Ou empresta de alguém. E aí consegue comprar o que deseja, mas fica com uma coisa que pode ser muito preocupante.

Babica: Uma dívida!

Bárbara: Isso. A pessoa fica devendo dinheiro para alguém. Para um banco que emprestou o dinheiro, para a empresa que vendeu o produto…

Babica: Ué, e o que é que tem?

Bárbara: Tem que tem de pagar, né? E quando dividimos a compra em parcelas ou emprestamos o dinheiro, tudo fica mais caro. Por causa dos juros…

Música sinistra

Babica (com voz de medo): Os juros…

Bárbara: Isso. Depois vamos falar deles. Quero terminar o que vinha dizendo das vantagens de poupar dinheiro. A segunda vantagem é que a poupança possibilitou a empreendedores ambiciosos fazer grandes investimentos em máquinas que economizavam trabalho humano, armazéns e transportes.

Babica: Mas Bárbara, ser ambicioso não é ruim?

Bárbara: Olha, Babica, ambição para muitas pessoas parece algo negativo, pois elas acham que é o mesmo que ganância. Mas não acho que seja assim.

Babica: Deixa eu consultar aqui (barulho de teclado)…

Ganância é o desejo intenso de alcançar determinado objetivo, seja pelo meio que for.

Bárbara: Os fins justificam os meios, lembra disso?

Babica: Ah, acho que já vi isso… o pessoal diz que é coisa do Maquiavel, não é?

Bárbara: Pois é. Mas ele nunca disse isso. Mas vamos lá: ganância é querer muito alguma coisa, pelo meio que for. Já a ambição é o desejo intenso de alcançar um objetivo.

Babica: Mas não é a mesma coisa?

Bárbara: Procurando nos dicionários a coisa não é tão clara, mas para mim é: o que difere ganância de ambição são os limites de cada uma e a forma como se chega ao objetivo.

Babica: O ganacioso topa tudo por dinheiro, né?

Bárbara: Ahahahahahhaha… bem lembrado. Pode ser. O indivíduo ganancioso só se importa consigo mesmo e faz qualquer coisa para atingir seus objetivos, doa a quem doer.

Babica: E o ambicioso?

Bárbara: O indivíduo ambicioso envolve em seus planos outras pessoas, age com generosidade e respeita quem está à sua volta. Quem tem ambição quer crescer, evoluir, progredir.

Babica: Quem não tem…

Trecho de deixa a vida me levar…vida leva eu (https://www.youtube.com/watch?v=HJzKCFxFlBY)

Bárbara e Babica: Ahahahahahaha

Bárbara: Então, a pessoa que é muuuuuuuito ambiciosa, pode se transformar em gananciosa. O indivíduo ganancioso não envolve mais ninguém em seus planos. Quer tudo para ele e usa de qualquer meio para isso.

Ficou claro? Ter ambição equilibrada é bom. Ter ganância é ruim.

Babica: Entendido, dona Bárbara!

Bárbara: Muito bem. Vamos voltar à nossa conversa sobre dinheiro… Se quem poupar, quem guardar dinheiro não tiver grandes planos para ele, ainda faz com que ele seja muito útil. Pode emprestar o dinheiro para outras pessoas que precisam dele para fazer coisas.

Babica: Quando não existia o dinheiro, não era possível fazer isso.

Bárbara: Sim. Sem dinheiro era impossível financiar projetos. Financiar é emprestar dinheiro para alguém, que fica com o compromisso de devolver esse dinheiro em parcelas que costumam ser mensais.

Babica: Como assim?

Bárbara: Por exemplo, nosso ouvinte talvez tenha ouvido seus pais ou parentes falando sobre como precisam pagar o financiamento da casa onde moram, ou do carro que compraram, ou da viagem que fizeram. Compraram alguma coisa e dividiram em pagamentos mensais, lembra que falamos disso há pouco? Então, sem dinheiro, isso seria impossível de ser feito.

Babica: Ué, você poderia dar um porco para o seu vizinho este ano em troca de um porco e de uma galinha no ano seguinte, não podia?

Bárbara: Podia, mas haveria muito mais espaço para conflitos: “Este porco não é tão saudável quanto o porco que eu dei a você ano passado.”… “essa galinha não bota ovos”… a margem para conflitos seria muito grande.

Babica: Entendi.

Bárbara: Dinheiro não dá espaço para variações de qualidade, não é gordo ou magro, velho ou novo, é sempre a mesma coisa.  Então você pode emprestar seu dinheiro tendo a confiança de que, o que você receberá em troca no futuro, terá a mesma qualidade que você emprestou, entendeu?

Babica: Entendi. Não será um porcão ou um porquinho… mas sempre um porco igual, ahahahahahahha

Barulho de porco

Bárbara: Ahahahahaha… então, Babica, o dinheiro também tornou a especialização algo mais fácil.  Se você fosse realmente bom em algo — por exemplo, fabricar pregos, você poderia agora ganhar a vida apenas fabricando pregos.  Sem o dinheiro, alguém que passou o dia inteiro fabricando pregos teria de encontrar alguém com comida em excesso que quisesse trocar por pregos, alguém com abrigo sobrando que quisesse trocar por pregos, alguém com excesso de roupas que também quisesse trocar por pregos naquele momento, e por aí vai.

Babica: Teria de ter a sorte de todo mundo precisar de pregos.

Bárbara: Isso. Porém, quando o dinheiro foi inventado, o vendedor de pregos só precisou encontrar pessoas que queiram pregos e tinham dinheiro. Não precisavam ter peixes, porcos ou galinhas para trocar. Só precisavam ter dinheiro. Ele trocava pregos por dinheiro e pegava o dinheiro para comprar outras coisas que precisava.

Babica: Ficou tudo mais simples!

Bárbara: Sim. Facilitar a especialização cria eficiências.  A especialização permite a divisão do trabalho, de modo que as pessoas passam a agir de acordo com suas habilidades e seus interesses. 

Babica: Como assim?

Bárbara: Simples. Antes a pessoa tinha de fazer de tudo um pouco, pois precisava ter diversas coisas para poder trocar com as pessoas. Com a invenção do dinheiro, a pessoas pode se dedicar a fazer só uma coisa e trocá-la por dinheiro, com o qual poderia comprar tudo que precisasse.

Babica: E qual a vantagem disso?

Bárbara: Ah, Babica, a produtividade aumenta. Produtividade é a quantidade de coisas que você consegue fazer com menos recursos e tempo.

Babica: Não entendi.

Bárbara: Olha só: antes da invenção do dinheiro, a pessoa tinha que dividir seu dia para fazer comida, pescar, tecer um cesto, construir uma mesa… e fazer pregos. Ela conseguia no final do dia fazer 100 pregos. Quando apareceu  o dinheiro, ela pode se dedicar só a fazer pregos. Gastava todo seu tempo fazendo pregos, e no final do dia, em vez de 100 pregos, tinha feito 1000 pregos. Entendeu? Com o dinheiro da venda dos pregos ela pode comprar tudo aquilo que tinha de fazer antes.

Babica: Entendi. É isso que é produtividade, produzir cada vez mais alguma coisa.

Bárbara: Então. De incontáveis maneiras, o dinheiro aperfeiçoa a sociedade. E um dia o homem adotou o ouro como moeda.

Babica: Uau! Ouro? E daí? E daí?

Bárbara: Ahahahahah... Babica, isso é conversa para outro episódio. Esse assunto é muito legal!

Babica: Ai, que curiosidade!!!!

Bárbara: Ahahahahaha, como é mesmo o nome daquele valor moral, Babica?

Babica (tristinha): Paciência...

Bárbara: Isso mesmo! Paciência que a gente vai aos poucos contando como as coisas funcionam. Não esqueça então: se você está gostando deste nosso podcast, se quer que a gente cresça, contribua conosco! Tem várias formas! Quem sabe você nos ajuda a encontrar um patrocinador. Ou então faz uma contribuição pelo nosso PIX, que é o 11915670602

Babica: É isso mesmo! E mande recados de voz para nós, comentando o programa! Se seu recado for escolhido, vamos publicá-lo no podcast e você ainda vai ganhar uma camiseta de presente, Que tal? Vou repetir o número do whatsapp: 11915670602.

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Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…

Babica: E eu sou a Babica! O avatar de Bárbara que mora no super celular dela.

Bárbara: somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma de super heróis do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e a direção é do Luciano Pires.

Quem você trouxe para encerrar este episódio, Babica?

Babica: Ah, hoje vou trazer uma frase de um escritor norte americano muito interessante. Henry David Thoureau

Muitos sabem ganhar dinheiro, mas poucos sabem gastá-lo.

 

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