Café Com Leite 025 O Valor do Dinheiro

Data de publicação: 28/11/2022, 10:35

Bárbara: Bom dia, boa tarde, boa noite! Babica, hoje é dia da gente conversar sobre alguns fundamentos do dinheiro.

Babica: Fundamentos? Como assim?

Bárbara: O primeiro passo para aprender sobre dinheiro e finanças, é entender o que é dinheiro. E o valor do dinheiro. Falamos um pouco nos episódios anteriores, mas hoje vamos mergulhar mais fundo nos conceitos, tá bem?

Babica: Tá bem! Ter dinheiro é bom, né?

Bábarara: É claro que é. Por isso é importante saber lidar com dinheiro. Meu nome é Bárbara Stock e este é o Café Com Leite, um podcast para crianças inteligentes e para pais que se importam.

Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela! Também estarei aqui com você!

Bárbara: Babica, quem é o ouvinte de hoje?

Babica: Ah, hoje é a vez da Isabela:

Oi café com leite, o meu nome é Isabela da Costa… eu tenho nove anos e eu amo muito eu amo vocês, um beijo.

Babica: Isabela, mas que mensagem curtinha! Mas valeu muito porque eu adorei o beijo! Um pra você também: smack!

Bárbara: Um beijo, Isabela, quanto amor, né? Muito obrigado por mandar um comentário com um beijo tão gostoso! Olha, e se você gostou do nosso Café com Leite, mande uma mensagem de voz para nós no whatsapp 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, vamos publicá-la no próximo episódio e você ganhará uma camiseta muito legal!

Babica: Isso! Se seu áudio for escolhido, você ganha uma camiseta do Café Com Leite!  Vou repetir o whatsapp: 11 915670602

SOBE A MÚSICA

Bárbara: Então Babica, nós já sabemos que o dinheiro é qualquer meio de troca que pode ser usado para pagar bens e serviços e para medir o valor das coisas. Moeda é um termo para o dinheiro de um país em circulação – ou seja, moedas e notas.

Babica: Por isso é que as pessoas falam em “moeda corrente”?

Bárbara: Isso. O dinheiro com o qual todos estamos familiarizados é, na verdade, moeda. Uma moeda é um meio de troca conveniente porque é durável, portátil, divisível e intercambiável. Moeda corrente é o tipo de dinheiro que circula no país. No Brasil, o dinheiro é o Real. Nos Estados Unidos é o dólar. Na argentina é o Peso Argentino. Na Europa é o Euro. Na Rússia é o Rublo.

Babica: Que interessante! Qual é a moeda do Nepal?

Bárbara: Nepal? Eu não sei!

Babica: É a Rúpia Nepalesa.

Bárbara: Rúpia Nepalesa... como é que você sabe disso Babica?

Babica: Eu estou lendo o livro Meu Everest do tio Luciano. Ele fala muito sobre o Nepal e eu fui pesquisar...

Bárbara: Ah, muito bem! Você está fazendo certinho: quando fica curiosa sobre alguma coisa que leu, vai pesquisar! Você vai longe, menina!

Babica: Vou mesmo! Especialmente se tiver dinheiro.

Bárbara: Ahahahaha. Olha, tem um país vizinho do Nepal chamado Butão, que tem uma moeda corrente que quase não dá pra pronunciar o nome.

Babica: Como é?

Bárbara: Ngultrum

Babica: Como?

Bárbara: Ngultrum

Babica: Ah, eu nem vou tentar falar!

Bárbara: Já pensou? Você pergunta quanto custa um sorvete e o sorveteiro responde “dez ngultrums”?

Babica: Só no Butão mesmo.

Bárbara: Ahahahahahahaha. Mas vamos voltar à nossa conversa. As duas principais habilidades que as crianças precisam saber quando se trata de dinheiro – e quanto mais cedo, melhor – é ser capaz de identificar dinheiro e ser capaz de oferecer dinheiro e calcular o troco. Elas provavelmente não aprenderão essas habilidades na escola, porque o foco principal na maioria das escolas é matemática, não é dinheiro.

Babica: E quando é que as crianças devem aprender sobre dinheiro?

Bárbara: Tem gente que diz que assim que tiverem idade suficiente para não colocá-lo na boca, ahahahahaha.

Babica: Ahahahahahaha

Bárbara: O dinheiro vem em diferentes formas e tamanhos – em metal e em papel. Diferentes unidades de dinheiro têm valores diferentes que podem ser usados ​​para pagar coisas diferentes. O tamanho não conta — é a denominação do dinheiro que importa.

Babica: Como assim, Bárbara?

Babica: Ah, os adultos costumam brincar com as crianças que ainda não entendem isso. Pegam uma nota de 100 reais e tentam trocar pelas 10 notas de 5 reais que a criança tem. A criança olha para sua mão e vê cinco notas de papel. Olha para a mão do adulto onde há uma nota só e pensa: ele quer trocar minhas cinco notas por uma só nota dele? Não vou trocar, isso é uma desvantagem!

Babica: Mas não é quantidade das notas que vale! É o valor escrito em cada uma!

Bárbara: Sim! Uma nota de 100 reais vale mais que 10 notas de cinco reais.

Babica: Sim. 10 notas de cinco reais dão 50 reais!

Bárbara: Isso mesmo. Então não é o tamanho da nota ou a quantidade de notas que você tem, que importa. Importa o valor de cada nota. Mas pode ficar ainda mais complicado.

Babica Como?

Bárbara: Se você tentar trocar uma nota de 100 dólares por uma nota de 100 reais, por exemplo. As duas notas são parecidas. As duas valem 100. Mas uma é 100 dólares e a outra é 100 reais.  Aí muda tudo!

Babica: Como assim?

Bárbara: Olha só: um telefone celular que custa 700 dólares nos Estados Unidos, se você quiser pagar em Reais, vai gastar mais de 3.500 Reais. Sabe por quê? Por causa da taxa de câmbio.

Babica: Ah, quero saber mais.

Bárbara: Existem diferentes moedas porque diferentes países têm vários cenários econômicos e precisam ter como reagir aos problemas que enfrentam. Tem países que são mais ricos, outros são mais pobres. Se um problema grave atinge um país, ele tem de ter como mexer no valor de seu dinheiro para poder reagir. Por exemplo, se ele puder deixar seu dinheiro mais barato, pode vender muito mais para outros países, aumentando a quantidade de dinheiro que vai receber.

Babica: Se todo mundo tivesse o mesmo dinheiro ele não poderia fazer isso.

Bárbara: Isso mesmo. Então os países usam uma taxa de câmbio, que mostra o valor entre os dinheiros. Por exemplo a taxa de câmbio entre o Brasil e os Estados Unidos, define que 1 dólar, que é o dinheiro norte-americano, vale um pouco mais que cinco reais. Um sorvete de 10 dólares, terá de ser pago com 50 reais. Por isso uma nota de 100 dólares não pode ser trocada por uma nota de 100 reais. Porque a nota de 100 dólares vale mais de 500 reais.

Babica: Por causa do câmbio.

Bárbara. Isso mesmo. Sabe aquele celular de 700 dólares que você precisaria de 3.500 reais para pagar?

Babica: Sei,

Bárbara: Você precisaria de quase 93 mil Rúpias no Nepal. Porque a taxa de câmbio é muito mais alta.

Babica: Nossa! Se 1 dólar vale 5 reais, quantas Rúpias Nepalesas ele vale?

Bárbara: Cento e trinta e duas.

Babica: Nossa!

Bárbara: Achou alto? Se for a Lira Turca, então, vale mais de 18 mil!

Babica: Um dólar vale cinco reais, 132 rúpias nepalesas ou 18 mil liras Turcas?

Bárbara: isso mesmo!

Babica: Ah, Bárbara, não to entendendo isso, não...

Bárbara: Ahahahahahahhaa... Babica, estou contando isso tudo para mostrar que o valor do dinheiro não é só aquele número que está escrito numa nota. Tem muitas coisas que fazem o dinheiro valer mais ou menos.

Babica: Bárbara, pelo que vi, as pessoas sempre usam o Dólar como referência, não é?

Bárbara: Sim, O dólar se tornou referência monetário após a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos, que haviam se tornado a principal potência econômica mundial, financiaram a reconstrução da Europa e do Japão.

Babica: Entendi. E um dia isso vai mudar?

Bárbara: Provavelmente. Se outro país se tornar uma potência maior, se as criptomoedas ganharem força, tudo isso pode causar impacto. Mas por enquanto é o dólar.

Babica: Então, Bárbara, como é o nosso dinheiro, o Real?

Bárbara: O Real pode ser em forma de moedas ou de cédulas, ou notas, de papel. Cada moeda e cada cédula tem um valor escrito nela. Temos moedas de um, cinco, dez, vinte e cinco e cinquenta reais, E uma moeda linda de um real.

As notas, temos de um, cinco, dez, vinte, cinquenta, cem e duzentos reais. 

Babica: Eu acho as notas tão lindas, Bárbara!

Bárbara: E são mesmo! Antigamente cada nota tinha estampado o rosto de algum grande brasileiro. Hoje tem só a estampa da Marianne.

Babica: Eu vi! É aquela moça com uma coroa de folhas. Quem é ela?

Bárbara: A Marianne surgiu na França, durante a revolução francesa, para representar a República. É uma efígie.

Babica: Esfinge?

Bárbara: Ahahahaha, não. Efígie. Esse é o nome que se dá para figuras com características humanas que aparecem em cédulas de dinheiro. Nos Estados Unidos são os Presidentes. Na Inglaterra são os Reis e Rainhas. No Brasil eram personalidades históricas, mas hoje é só a efígie da República brasileira, inspirada na pintura "A Liberdade Guiando o Povo", feita em 1830 pelo artista francês Eugène Delacroix. (dúlacrroá)

Babica: No lado de trás das notas tem bichos brasileiros né?

Bárbara: Isso mesmo, essa é a parte mais linda! Tem Arara vermelha, beija-flor, garça, mico-leão, onça pintada, garoupa, tartaruga e  Lobo Guará.

Babica: Puxa, Bárbara, olhar as notas de Real me dá a mesma sensação boa que ouvir  o Hino nacional!

Bárbara: Claro, Babica! No nosso dinheiro, assim como no hino, estão representados nossos símbolos e a nossa riqueza nacional.

Babica (triste): Puxa vida...

Bárbara: O que foi?

Babica: Se o dinheiro impresso vai acabar, todas essas imagens lindas vão sumir.

Bárbara: É mesmo. Vai ser como aconteceu com os discos de vinil e os CDs... Vamos perder aquelas artes lindas das capas.

Babica: Discos de vinil? O que é isso?

Cri cri cri dos grilos

Bárbara: ... éé... deixa pra lá Babica. Vamos voltar ao nosso papo sobre dinheiro. Olha, não importa a sua idade, é sempre importante contar o troco que você recebe. Se você der uma nota de 50 para pagar o sorvete de 10 reais, tem de receber quanto de troco?

Babica: Ué? 40!

Bárbara: Que o sorveteiro pode entregar como?

Babica: Com duas notas de 20. Ou quatro notas de 10. Ou uma de vinte e duas de dez.

Bárbara: Ou oito notas de cinco. Ou vinte notas de dois. Ou 40 notas de um real. Ou um monte de combinações de notas. Por isso sempre é importante contar o troco.

Babica: O troco.

Bárbara: Isso. Troco é a diferença entre o que alguma coisa custa e o dinheiro que foi oferecido para pagar por ela. Todo adulto já teve a experiência de enfrentar alguém que não consegue fazer o troco. Como hoje em dia é tudo digital e cada vez mais usamos cartões, as pessoas estão perdendo o hábito de lidar com dinheiro e de fazer as contas de cabeça. E assim vamos perdendo uma habilidade matemática.

Babica: Ah, Bárbara, mas é muito mais rápido e confortável do que ficar contando, né?

Bárbara: Pois é. O conforto chega e faz a gente desaprender algumas habilidades que precisamos para toda a vida. Uma delas é a habilidade de fazer contas de cabeça, de calcular as coisas. O que chamamos de cálculo mental.

Babica: Cálculo Mental?

Bárbara: Sim. O dinheiro sempre ajudou a gente a praticar o cálculo mentar, a fazer as contas de cabeça, sem usar calculadoras.

Babica: Mas por que isso e importante?

Bárbara: É com o cálculo mental que a gente aprende estratégias para encontrar respostas rápidas e eficientes. Com isso, melhoramos nosso raciocínio lógico, fazendo com que fiquemos mais inteligentes.

 Babica: Raciocínio lógico?

Bárbara: Sim. É o raciocínio lógico o responsável por nos fazer resolver problemas, refletir e tomar boas decisões. A lógica é a parte da filosofia que trata das formas do pensamento em geral e das operações intelectuais que buscam determinar o que é verdadeiro ou não.

Babica: Ah, olha ele aí de novo!

Bárbara: Quem?

Babica: Sócrates!

Bárbara: Ahahahahah... sempre. Mas neste caso é o aluno dele, Aristóteles, quem desenvolveu a ciência do raciocínio. É ele, o raciocínio lógico, que vai ajudar a gente ao longo da vida a tomar as melhores decisões.

Babica: Tudo isso contando dinheiro...

Bárbara: Ahahahaha, não só contando dinheiro, Babica. Mas o exercício da lógica matemática, do cálculo mental, treina nosso cérebro para pensar com lógica. Quem não faz isso, tem preguiça, só usa a calculadora, não vai ter o mesmo desenvolvimento da inteligência. Entendeu?

Babica: Entendi. Puxa, mas como o dinheiro dá espaço pra tanta coisa, né? Até a falar de filosofia ele ajuda!

Bárbara: Pois é. Tratar dinheiro de forma honesta, como algo positivo, é muito bom! No próximo episódio vamos falar sobre quatro atitudes básicas para lidar com dinheiro, tá bom?

Babica: Ebaaaaaaaaaaaaaaa!

Bárbara: Não esqueça então: se você está gostando deste nosso podcast, se quer que a gente cresça, contribua conosco! Tem várias formas! Quem sabe você nos ajuda a encontrar um patrocinador. Ou então faz uma contribuição pelo nosso PIX, que é o 11915670602

Babica: É isso mesmo! E mande recados de voz para nós, comentando o programa! Se seu recado for escolhido, vamos publicá-lo no podcast e você ainda vai ganhar uma camiseta de presente, Que tal? Vou repetir o número do whatsapp: 11915670602.

_______________________________________________________

Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…

Babica: E eu sou a Babica! O avatar de Bárbara que mora no super celular dela.

Bárbara: somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma de super heróis do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e a direção é do Luciano Pires.

Quem você trouxe para encerrar este episódio, Babica?

Babica: Ah, hoje vou trazer uma frase da escritora e filósofa Ayn Rand:

O dinheiro é apenas uma ferramenta. Ele vai levá-lo onde você quiser, mas não vai substituir você como o motorista.

Veja também