Café Com Leite 26 - Lidando com Dinheiro

Data de publicação: 04/12/2022, 16:19

Bárbara: Bom dia, boa tarde, boa noite! Babica, mais um episódio da nossa série sobre dinheiro.

Babica: Bárbara, eu acho que já deve ter gente reclamando do tanto que nós falamos em dinheiro.

Bárbara: Ah, Babica, não dá pra agradar todo mundo, não é? Mas nós estamos dando uma abordagem bem leve ao assunto, para que nossos jovens ouvintes comecem a compreender como é importante saber lidar com dinheiro.

Babica: Entendi. Eu acho que lá no futuro, vão agradecer a gente...

Bábarara: Vão sim. Que pena que eu não ouvi uns podcasts como estes quando era criança... Meu nome é Bárbara Stock e este é o Café Com Leite, um podcast para crianças inteligentes e para pais que se importam.

Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela! Também estarei aqui com você!

Bárbara: Babica, quem é o ouvinte de hoje?

Babica: Ah, hoje é a vez da Viviane.

Bárbara, oi Babica eu e o Luciano eh eu sou de Brasília, tenho tenho seis anos, moro na capital e eu ouvi o. dos ratos e também sabe o rato que virou o gato? O Lula e vida longa ao café com leite e e também e também muitos anos. e bom futuro para as crianças. De aprendizado, tá?

Bárbara: Viviane, que linda! Muito obrigado pelo desejo de vida longa, viu? Nós também adoramos o episódio dos ratos!

Babica: A Viviane desejou bom futuro de aprendizado para as crianças! É para isso que existe o Café Com Leite! Um beijo! Smack!

Bárbara: Um beijo, Viviane! Olha, e se você gostou do nosso Café com Leite, mande uma mensagem de voz para nós no whatsapp 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, vamos publicá-la no próximo episódio e você ganhará uma camiseta muito legal!

Babica: Isso! Se seu áudio for escolhido, você ganha uma camiseta do Café Com Leite!  Vou repetir o whatsap: 11 915670602

SOBE A MÚSICA

Bárbara: Babica, um especialista em psicologia, planejamento e comportamento financeiro, chamado Bradley Klontz, desenvolve seu trabalho em torno da psicologia da riqueza.  Ele determinou que existem quatro atitudes básicas em relação ao dinheiro. Quer saber?

Babica: Claro! Vou ajudar! Comportamento um!

Bárbara: Evitar dinheiro

Babica: Comportamento dois!  

Bárbara: Adorar dinheiro

Babica: Comportamento três.  

Bárbara: Dar status ao dinheiro

Babica: Comportamento quatro.

Bárbara: Vigiar o dinheiro

Babica: Hummmmm.... Evitar, adorar, dar status e vigiar o dinheiro?

Bárbara: É isso mesmo. Evitar, adorar e dar status ao dinheiro são fáceis de entender, não é? Quem evita o dinheiro talvez ache que não o merece ou tenha medo de tê-lo.

Babica: Mas tem gente assim?

Bárbara: Sim, existe gente assim. Normalmente são pessoas que têm baixa renda e patrimônio. E são mais jovens, o que talvez reflita sua inexperiência.

Babica: Ah, eu tenho visto e ouvido uma garotada por aí dizendo que não quer saber de dinheiro, que quer uma vida simples, sem comprar nada, sem consumir nada.

Bárbara: Pois é, Babica. Tem mesmo uma turma que está dizendo que devemos viver uma vida muito mais simples, consumindo menos. Isso não é ruim. Mas tem uma turma exagerando. Uma hora vamos falar sobre isso.

Babica: E mesmo. A gente não vive só por dinheiro, mas precisa de dinheiro para viver, não é?

Bárbara: Isso mesmo. Já a turma que adora ou dá status ao dinheiro acredita que dinheiro resolverá todos seus problemas. Ou deseja as coisas que o dinheiro pode comprar. E se o dinheiro é a chave da vida, essa turma vive endividada.

Babica: Ah, também já vi gente assim. Alguns deixam que a sede pelo dinheiro tome conta de suas vidas. Topam tudo por dinheiro!

(me dá um dinheiro aí https://www.youtube.com/watch?v=DzOH4mirx64  os primeiros 24 segundos)

Bárbara: Sim, isso é muito perigoso, Babica. Pode levar essas pessoas a prejudicar os outros para conseguir dinheiro. E vão querer sempre cada vez mais. Vem então a vigilância do dinheiro.

Babica: Tomar conta do dinheiro!

Bárbara: Sim. Bradley Klontz diz que quem está ocupado tomando conta do dinheiro não gosta de compartilhar informações sobre sua renda ou riqueza, e não gasta em bobagens. Quem consegue agir com um pouco de ansiedade e vigilância sobre seu dinheiro, certamente tem melhores chances de levar uma vida com mais conforto.

Babica: Ah, quem tem mais disciplina sobre como lidar com dinheiro, consegue usá-lo com mais inteligência, não é?

Bárbara: Isso mesmo, Babica. Disciplina para entender o valor do dinheiro e a importância de gastá-lo com sabedoria. E poupar uma parte. Mas tem quem exagere.

Babica: Como assim?

Bárbara: Quem se policia demais, quem é pão duro mesmo, acaba usando pouco os benefícios que o dinheiro pode comprar. Deixa de curtir prazeres, viagens. Só pensa em guardar dinheiro. Leva uma vida cheia de sacrifícios para, quando morrer, deixar para que os filhos gastem seu dinheiro.

Babica: E acaba criando filhos pão duros, né?

Bárbara: Bem lembrado, Babica. Muito do que as crianças aprendem sobre como lidar com dinheiro é observando seus pais. Portanto, cabe aos pais dar o bom exemplo. Começando dizendo que dinheiro não dá em árvores.

Babica: Ahahahahahah eu já ouvi isso em vários lugares.

Bárbara: Adultos adoram dizer isso! Dinheiro não dá em árvores, onde você chega e apanha como se fosse um fruto... Dinheiro é fruto de trabalho. Os pais e mães têm de trabalhar muito duro para ganhar seu dinheiro.

Babica: Fazer dinheiro, né?

Bárbara: Isso mesmo. Trabalhar para fazer dinheiro. E para isso é muito importante que a gente entenda que é tudo uma troca. Quando você quer o sorvete, tem de trocar pelos seus 10 reais. E só pode gastar esses 10 reais uma vez. Depois que você o deu o dinheiro ao sorveteiro, acabou. Para ter outros 10 reais, vai ter de arranjar um jeito de ganhar. Ou de fazer. E muitas vezes, você vai se ver com os 10 reais no bolso e com duas oportunidades para gastá-lo. Por exemplo, o sorvete ou um pacote de figurinhas.

Babica: Sorvete!

Bárbara: Ahahahaha... sorvete. Vai ter de escolher um e abrir mão do outro. Você vai ter de desistir do prazer que teria abrindo o pacote de figurinhas e completar seu álbum, porque o dinheiro foi usado no sorvete. Entendeu? Vai ter de escolher um dos dois prazeres.

Babica: Sorvete!

Bárbara: Mas que coisa! Olha, faz parte dessas escolhas você escolher como fará dinheiro quando crescer.

Babica: Eu vou ganhar dinheiro como baterista de uma banda de rock! (virada da batera)

Bárbara: Tomara que sim, Babica! Mas talvez você chegue à conclusão de que aquilo que você gosta de fazer não dê o dinheiro que você precisa para viver com conforto. E você terá de escolher um outro caminho. O importante é manter-se focado em fazer dinheiro com trabalho digno.

Babica: Sem roubar, sem enganar, sem explorar, né?

Bárbara: Isso. Sem fazer aos outros...

Babica: ... o que você não gostaria que fizessem com você!

Bárbara: Olha aí o conceito de moral e ética de novo. Tá vendo com está tudo conectado, Babica?

Babica: É mesmo.

Bárbara: Outra coisa. Babica, lembra daquela história que você contou de seu amiguinho avatar que sempre chegava atrasado?

Babica: Que a gente descobriu que era porque ele morava num celular velho?

Bárbara: Esse mesmo. É muito comum que a gente queira se comparar com outras pessoas. O Joãozinho aparece com um celular novo e eu quero imediatamente um igual ou melhor. E aí começo a infernizar a vida do meu pai e da minha mãe para ganhar um celular igual. E ao mesmo tempo, passo a tratar o meu celular, que funciona muito bem, como se fosse uma porcaria.

Babica: Puxa. A gente precisa valorizar o que tem!

Bárbara: Exatamente! A vida da gente acontece por evolução. A gente começa com as coisas mais simples e vai melhorando devagarinho. Algumas pessoas têm mais dinheiro e podem conseguir coisas legais mais rapidamente, mas isso não quer dizer que se você tem dinheiro, deva desvalorizar o que tem. Ou se sentir melhor que os outros só porque tem mais dinheiro que eles. Ter mais dinheiro não resolve todos os problemas.  

Babica: Bárbara, tem até uma HQ da DC que trata disso. Chama-se Os Maiores Super Heróis do Mundo.

Bárbara: Bem lembrado, Babica! Eu lembro dessa HQ! No Natal, o Super Homem decide usar seus poderes para acabar com a fome do mundo, mas não será tão simples quanto ele imagina.

Babica: O Batman, que é o bilionário Bruce Waine na vida real, resolve atacar as verdadeiras causas da criminalidade em Gotham City, a miséria e o desespero que assola as ruas. E descobre que que sua riqueza nunca poderá tirar todas as crianças da pobreza...

Bárbara: E o professor Xavier, do X Men?  Ele herdou o dinheiro de seu pai, que era um rico cientista nuclear. Com isso, ele financiou o instituto Xavier e os X-Men, mas vive cheio de problemas...

Babica: E o Pantera Negra? O T´Challa? Ele administra um país inteiro na África, único lugar que tem um metal precioso e muito valioso. Dizem que T´Challa tem 90 trilhões de dólares, já que ele é o dono de tudo. E a vida dele e só problemas...  

Bárbara: Tá vendo? é por isso que eles se unem. Muitos super-heróis parecem poderosos o suficiente para sobreviverem sozinhos, mas muitos deles têm uma especialidade específica, como velocidade ou força sobre-humana. Ao se unirem, eles podem fazer mais, com cada super-herói gastando seu tempo trabalhando em uma tarefa adequada à sua especialidade.

Babica: Sim! Juntos eles são muito mais poderosos. E mesmo assim vivem cheios de problemas.

Bárbara: Viu só? Assim como ter super poderes, ter muito dinheiro não resolve os problemas. E há gente que diz até que ter muito dinheiro traz mais problemas. É um erro esperar que o dinheiro traga felicidade. É razoável sentir mais conforto e segurança, mas o preço disso é ficar o tempo todo esperto, em contínua vigilância sobre o seu dinheiro.

Babica: Puxa vida, você está me fazendo acreditar quer ter dinheiro dá trabalho!

Bárbara: Claro que dá Babica, e traz um monte de problemas! Até liberdade a gente perde. Mas não ter dinheiro também é muito ruim.

Babica (triste): Se é...

Bárbara: É cada vez mais complicado lidar com dinheiro, que há muito deixou de ser apenas uma ferramenta de troca, para se tornar um valor que domina a sociedade. Nosso valor é medido pela quantidade de dinheiro que temos, ou que conseguimos proporcionar para os outros. Quando ficamos sem dinheiro ou deixamos de ser uma fonte dele, os amigos desaparecem, o crédito some e nos tornamos uma espécie de párias sociais.

Babica: Párias?

Bárbara: Sim, párias são pessoas consideradas inferiores, desprezíveis.

Babica: Que feio isso. Como se o valor da pessoa fosse o dinheiro que ela tem... Então o melhor é ficar no meio? Nem muito rico nem muito pobre?

Bárbara: Esse é o truque, Babica. Fazer com que o dinheiro seja resultado de nossas escolhas, e não a razão de nossa vida. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro suficiente e amor, o que já é um belo pacote, mas nossos desejos são ainda mais complexos. A gente sempre quer mais.

Babica: E quanto mais tem, mais quer.

Bárbara: O que pode fazer com que deixemos de ser ambiciosos para sermos...

Babica: ...gananciosos!

Bárbara: Isso! Babica, tive uma ideia!

Babica: O quê?

Bárbara: Num próximo episódio, vamos ver o que podemos aprender com os super heróis sobre como lidar com dinheiro?

Babica: Vamooooosssssss!

Bárbara: Não esqueça então: se você está gostando deste nosso podcast, se quer que a gente cresça, contribua conosco! Tem várias formas! Quem sabe você nos ajuda a encontrar um patrocinador. Ou então faz uma contribuição pelo nosso PIX, que é o 11915670602

Babica: É isso mesmo! E mande recados de voz para nós, comentando o programa! Se seu recado for escolhido, vamos publicá-lo no podcast e você ainda vai ganhar uma camiseta de presente, Que tal? Vou repetir o número do whatsapp: 11915670602.

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Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…

Babica: E eu sou a Babica! O avatar de Bárbara que mora no super celular dela.

Bárbara: somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma de super heróis do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A e a direção é do Luciano Pires.

Quem você trouxe para encerrar este episódio, Babica?

Babica: Ah, hoje vou trazer uma frase do escritor Jonathan Swift

Uma pessoa sábia deve ter dinheiro na cabeça, mas não no coração.

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