Café Com Leite 41 - O perigo dos fungos

Data de publicação: 16/04/2023, 10:52

Café Com Leite 41 – O perigo dos fungos.

Bárbara: Bom dia, boa tarde, boa noite! Babica, vamos encerrar aquele tema beeeeem polêmico, o dos defensivos?

Babica: Vamos, Bárbara. Assim a gente caminha para o encerramento da série sobre o Agro, né?

Bárbara: É isso mesmo. Temos mais um programa ainda. Meu nome é Bárbara Stock e este é o Café Com Leite, um podcast para famílias com crianças inteligentes e para pais que se importam.

Babica: E eu sou a Babica, o avatar da Bárbara que vive dentro do celular dela! Também estarei aqui com você!

Bárbara: Babica, quem é o ouvinte de hoje?

Babica: Hoje é a Esther

COMENTÁRIO DO OUVINTE

Bárbara: Oiiiiiiiiiiii Esther de Camaçari! Que bom saber que você está gostando do nosso podcast! E entendeu direitinho o que nós explicamos!

Babica: Esther, que legal! E que bom saber que é sua mãe que está te mostrando o Café Com Leite! Uma mãe inteligente! E você ganhou uma linda camiseta do Café Com Leite!

Bárbara: E se você gostou do nosso Café com Leite, mande uma mensagem de voz para nós no whatsapp 11915670602. Se sua mensagem for escolhida, vamos publicá-la no próximo episódio e você ganhará uma camiseta muito legal!

SOBE A MÚSICA

Babica: Bárbara, eu pesquisei sobre essas coisas dos defensivos e achei informações muito interessantes. Você sabia que em 1845, na Irlanda, muitas pessoas morreram de fome por causa de uma doença que afetou as plantações de batata?

Bárbara: Sim, é verdade. Naquela época a batata era o alimento mais importante na Irlanda, que era um país muito pobre. Uma doença de fungos devastou os campos de batata, causou muitas mortes e forçou a população a procurar outras terras.

Babica: Fungos? O que são fungos?

Bárbara: Fungos são seres vivos que são diferentes das plantas e animais, Babica. Eles são pequenos e precisam buscar alimentos em outras coisas, como folhas mortas e restos de animais. Alguns fungos são bons e importantes para nós, como os usados na fabricação de queijo, pão e cerveja. Mas outros podem fazer mal, como os que causam doenças em plantas, animais e até em pessoas. Foi um desses que acabou com as batatas na Irlanda.

Babica: Nossa! Não são fungos que causam aquela confusão toda no game e seriado The Last Of Us?

Musica do the last of us

https://www.youtube.com/watch?v=pfA5UqEU_80

Bárbara: São eles mesmos, Babica! No The Last Of Us grande parte da população humana foi infectada por um fungo que transforma as pessoas em seres agressivos e violentos, conhecidos como infectados.

Babica: Mas esses fungos existem de verdade?

Bárbara: Existem sim. O fungo da vida real chama-se Cordyceps, e é conhecido por infectar insetos e controlar seus cérebros para se propagar. No jogo e no seriado, os autores aproveitaram isso para criar uma ameaça. Mas não existem evidências de que o Cordyceps pode afetar humanos.

Babica: Puxa, ainda bem que eu sou um avatar! E existem outros casos relacionados ao Agro?

Bárbara: Sim, muitos, Babica, como a fome irlandesa de 1740, o Míldio da uva que afetou a produção de vinho na França em 1879 e 1880, a ferrugem do café em 1970 que reduziu a produção de café e a peste suína africana de 2010 que causou escassez de carne de porco. Essas doenças foram causadas por condições climáticas adversas, pragas e fungos, que geraram perda de produção e escassez de alimentos.

Babica: Nossa, então não é algo incomum! Mas como as pessoas antigamente controlavam pragas?

Bárbara: Elas queimavam as plantações para eliminar pragas. E até mesmo usavam outros insetos para ajudar.

Babica: Outros insetos? Como assim?

Bárbara: As joaninhas, por exemplo, são predadoras naturais de pulgões e ácaros, que são pragas comuns em plantações. Os agricultores espalham joaninhas pelas plantações. Com o tempo, os agricultores começaram a usar produtos químicos mais fortes, como arsênico, chumbo e cobre, mas eles eram tóxicos para os seres humanos.

Babica: Foi aí que procuraram alternativas mais seguras?

Bárbara: Sim. Cientistas têm procurado alternativas desde então, mas a rápida evolução das espécies tem sido um problema.

Babica: Como assim?

Bárbara: O agricultor usa um pesticida que mata uma determinada praga, mas nunca mata completamente, sempre sobram as plantas, fungos e insetos mais resistentes. Esses resistentes vão se reproduzir e gerar pragas ainda mais resistentes, que vão precisar de novos defensivos mais fortes. Esse ciclo nunca acaba, Babica. Além disso, outros insetos úteis são afetados, o que pode eliminar benefícios como predadores de pragas ou polinizadores.

Babica: Puxa, Bárbara, mas se defensivos são perigosos e têm esses problemas, é possível controlar pragas sem usá-los?

Bárbara: Cientistas estão sempre buscando estratégias alternativas para o controle de pragas, como soluções naturais e de alta tecnologia. E a cada dia aparecem novos produtos, mais eficientes e que atacam menos o meio ambiente. Mas sem eles, não dá para garantir a produção na quantidade necessária e ao mesmo tempo evitar que aconteçam desastres na agricultura como aquele da Irlanda.

Babica: Tomara que nunca mais aconteçam.

Bárbara: Tomara. Mas Babica, vamos ver o que você aprendeu até aqui?

Babica: Vamooooosssss!

Bárbara: Quais são os riscos associados ao uso de defensivos?

Babica: São danos à saúde humana, contaminação do solo e da água, impacto na biodiversidade e no ecossistema e desenvolvimento de resistência de pragas e doenças.

Bárbara: Quais são os benefícios do uso de defensivos?

Babica: O controle eficiente de pragas e doenças que afetam a produção agrícola, aumento da produtividade, redução de perdas de colheita e garantia de segurança alimentar.

Bárbara: Como garantir a segurança no uso de defensivos?

Babica: Fazendo a escolha adequada de produtos, o uso correto e seguro, o cumprimento de normas e regulamentações, o treinamento de trabalhadores rurais e o uso de métodos naturais.

Bárbara: Você sabe exemplos desses métodos naturais, Babica?

Babica: Eu sei! São métodos de controle biológico, como a introdução de predadores naturais, o uso de substâncias para confundir o acasalamento dos insetos, o uso de armadilhas, o manejo adequado do solo e da água, a utilização de plantas repelentes, melhoramento genético através da seleção de plantas resistentes às pragas e outras técnicas que ajudam a reduzir a população de pragas de forma natural.

Bárbara: Nossa! Você tá craque, hein, menina?

Babica: Eu tenho a forçaaaaaa. Ahahahahahha

Bárbara: Qual é o papel da regulamentação na segurança do uso de defensivos?

Babica: Ah, a regulamentação define padrões de segurança para a produção, transporte, armazenamento, venda e uso de defensivos. Normas e regulamentações devem ser cumpridas por fabricantes, vendedores, distribuidores e usuários.

Bárbara: Quais são as alternativas ao uso de defensivos?

Babica: O uso de biopesticidas, controle biológico de pragas, rotação de culturas, plantio de espécies diferentes, adubação adequada, escolha de variedades resistentes, entre outras. Adubação adequada que garante plantas bem nutridas que, assim como nós, são mais resistentes à doenças.

Bárbara: Muito bem. O que mais?

Babica: A pesquisa científica e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis também são importantes para o desenvolvimento de alternativas ao uso de defensivos. E eu acho que todo mundo tem o maior interesse nas soluções mais modernas e amigáveis para o meio ambiente e a saúde dos humanos, não é?

Bárbara: Babica, eu vou dar pra você um diploma de Especialista em Defensivos Agrícolas!

Babica: Ahahahahahha, Bárbara, eu aprendi muito com estes episódios e com as pesquisas que fiz. Aprendi que não dá para bobear no uso dos defensivos. São muito úteis e necessários, mas são venenos que precisam ser usados com muito critério. Ou vão provocar problemas.

Bárbara: isso mesmo. Não é para ter medo deles nem para dizer que não podem ser usados. Podem sim, desde que quem usa siga as regras de segurança e tenha respeito ao meio ambiente. Assim como no caso dos remédios para humanos, existe o certo, a dose certa e o momento certo para aplicar os defensivos.

Eu ainda vou levar você pra visitar uma fazenda!

Babica: Ebaaaaaaaaaaaaa! Eu só conheço as fazendas virtuais! Adoro jogar o Monster Harvest e o Farming Simulator!

Bárbara: Ah, eu adoro o Story of Seasons! E o Stardew Valley!

Babica: Obaaaaa! Vamos jogar?

Bárbara: Vamooooosssss….

As duas: Ahahahahahahahha

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Babica: E tem uma novidade: o CLUBE CAFÉ COM LEITE! Inauguramos um espaço para reunir as pessoas que gostam do nosso conteúdo e que querem que a gente continue! Vá até o podcastcafecomleite.com.br e faça uma assinatura!

Bárbara: Isso mesmo! Pule pra dentro do Café Com Leite! Ajude a gente a continuar! No podcastcafecomleite.combr

Babica: Venha pro Clube Café Com Leite!

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Bárbara: Muito bem! Eu sou a Bárbara Stock…

Babica: E eu sou a Babica! O avatar de Bárbara que mora no celular dela.

Bárbara: somos suas companheiras neste Café Com Leite, que é feito com muito carinho pela turma do Podcast Café Brasil. A edição é do Senhor A, com texto e direção do Luciano Pires.

E hoje vamos encerrar como o episódio?

Babica: Ah, fui buscar uma frase da autora e fazendeira Brenda Schoepp.

"Meu avô costumava dizer que uma vez na vida você precisa de um médico, um advogado, um policial e um padre. Mas todos os dias, três vezes ao dia, você precisa de um agricultor."

 

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